Dose de Impacto #1 |
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Dose de Impacto #1 |
Quanto tempo temos até um desastre climático?
Yay finalmente nasceu a Dose de Impacto - que já ‘to carinhosamente chamando de Dose!
Depois de um longo processo criativo e inquieto, a Dose nasce como uma curadoria inspiracional sobre tendências em sustentabilidade, desenvolvimento social e comportamento, para inspirar e conversar com pessoas que, assim como eu, querem ver a mudança no mundo.
A Dose é fruto de um processo coletivo, envolvi todo mundo do meu convívio para tirar esse projeto do papel. E achei simbólico. Falar de impacto, propósito, desenvolvimento social, comportamento, sustentabilidade e afins é falar de coletividade.
Nós somos bombardeados com várias notícias ruins o dia inteiro, viver de forma consciente não é para amadores. E acho importante voltarmos o olhar para as ações que estão indo contracorrente. Sabe aquela história de focar a energia no que agrega? Tem muita gente boa fazendo muita coisa legal por aí.
É experimental, ‘tô indo devagar mas se quiser ir junto, tem espacinho por aqui!
Começar um boletim sobre impacto, ignorando o que tem acontecido no Brasil e no mundo seria negligência. Dessa forma, a primeira Dose não poderia ser sobre outra coisa além de Covid-19 (a pandemia ainda não acabou), e incêndio no Pantanal.
Vocês devem estar se perguntando o que uma coisa tem a ver com a outra. Vamos pensar!
Hoje mais cedo terminei o livro “O amanhã não está a venda”, do Ailton Krenak, considerado uma das maiores lideranças do movimento indígena brasileiro, e nesse livro ele diz que:
“O que estamos vivendo pode ser a obra de uma mãe amorosa que decidiu fazer o filho calar a boca pelo menos por um instante. Não porque não goste dele, mas por querer lhe ensinar alguma coisa: “Filho, silêncio.” A Terra está falando isso para a humanidade. E ela é tão maravilhosa que não dá uma ordem. Ela simplesmente está pedindo: “Silêncio.” - Ailton Krenak.
Faço das palavras de Ailton as minhas, e quando diz que a Terra quer nos ensinar algo, não diz nada sobre novo-normal, ou sobre aprender a fazer o que fazemos mas de outra forma. É sobre ser consciente e corajoso o suficiente para compreender que precisamos caminhar juntos em outro ritmo.
O Pantanal está queimando há dias, o fogo já destruiu 15% da região. Destruiu um refúgio de araras azuis e chegou às áreas de proteção de onças-pintadas. A origem do fogo é humana, e não natural.
Nós somos seres destrutivos e estamos vivendo em uma “abstração civilizatória”.
Em Manhattam, um relógio conta quanto tempo temos até um desastre climático.
“A terra tem uma data limite.”, diz a mensagem que aparece no relógio digital poucos minutos antes de aparecerem os números 7:103:15:40:07 - sete anos, 103 dias e 15 horas.
O relógio faz uma contagem regressiva sobre o tempo que temos para diminuir a emissão de gases do efeito estufa, para não exceder os 1.5 graus Celsius de aquecimento global.
Loucura, né? Manter o aquecimento global abaixo desse nível evita desastres e impactos ambientais irreversíveis.
Mas, como dizem os próprios organizadores da iniciativa, o lado bom é que o relógio não está zerado e temos tempo, mesmo que apertado, para repensarmos nossas práticas e ações desastrosas.
É urgente e é construção coletiva.
Ou construímos condições para nos mantermos vivos, ou produzimos condições para morrer.
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Dá pra criar um relógio pra sua cidade, escola ou comunidade aqui.
O pantanal precisa de você.
E tem bastante gente construindo condições para viver, ainda bem!
Dois brasileiros integram a lista de 22 Inovadores Sociais do Ano no mundo em 2020, foi anunciado na terça-feira (22) na Cúpula de Impacto e Desenvolvimento Sustentável do Fórum Econômico Mundial. Não é pouca coisa, não!
Adriana Barbosa, fundadora da Feira Preta e Guilherme Brammer Jr., sócio da Boomera são os nomes que estão impulsionando mudanças para um futuro mais justo e igualitário. Procurem conhecer!
FICA DE OLHO!
Virada Sustentável
O maior festival de educação para a sustentabilidade do Brasil está em sua décima edição. O evento vai de 16 de setembro a 18 de outubro em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Porto Alegre e Manaus.
O evento contará com fórum de discussão, meditação global, intervenções urbanas, performances, graffits e drive-ins.
Aqui em SP ‘tá rolando várias intervenções nas estações de Metrô também!
Obrigada por ler até o final!
Espero que a Dose tenha feito sentido pra você igual fez pra mim.Me fala o que achou? 😊
escrita por nathalia evelyn, pós graduada em serviço social e comunicóloga em formação.
*unindo o melhor dos dois mundos* para pensar impacto social, desenvolvimento, comportamento e sustentabilidade.
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